Val Rodrigues fala sobre a Revista Extra, música e outros assuntos.

26/11/2013

JN: Quem é Val Rodrigues? Val: Eu sempre me faço esta pergunta (risos). Obtenho as mais variadas respostas, depende do momento. Mas, acredito ser uma pessoa que valoriza a importância das coisas simples e verdadeiras da vida. Profissionalmente, costumo dizer que sou pós-graduado em metodologia da produção autodidata e mestre em artes e manhas de criar e recriar versos, inversos e reversos. JN: São nove anos de fundação da Revista Extra. Quais foram os maiores percalços na elaboração da revista por todos esses anos? Val: Por incrível que pareça, percalços só começaram a existir recentemente. O ano de 2013, por exemplo, foi o período mais difícil da história da revista EXTRA. Mas, encaramos os desafios e lutamos para superar as dificuldades, mesmo porque fazemos o nosso trabalho com amor e dedicação. JN: Com o Samba Cidade você dá o tom diferenciado nas manhãs de domingo em Jequié. O que você acha da opinião das pessoas que falam que a música de qualidade não tem espaço nas mídias, principalmente nas rádios? JN: Me reporto a um verso do cantor e compositor Gilberto Gil, no qual ele diz: “O povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe”. Eu seleciono para o programa Samba Cidade (Cidade Sol FM) o que há de melhor na Música Popular Brasileira no seguimento Samba, enquanto outros programadores se preocupam com os lançamentos da semana em detrimento da qualidade artística. Eu valorizo justamente as músicas feitas com talento e técnicas apuradas. Acho que há espaço para a música de qualidade sim, o que não deveria era acontecer o contrário. A música brasileira é reconhecida e valorizada no mundo inteiro, por que aqui seria diferente? JN: Você por diversas vezes foi um crítico ferrenho a ALJ (Academia de Letras de Jequié). Por quê? Val: É simples. Acho que academias de letras elitizam e excluem. O reconhecimento de qualquer literato é dado pelo público leitor e não será uma instituição que determinará se tal escritor tem ou não tem talento. E no mais, sou avesso a esses tipos de clubes fechados. Em minha opinião, os verdadeiros talentos das letras não estão nas academias. JN: Val, hipoteticamente você foi eleito prefeito de Jequié. Qual seria a sua primeira ação na cidade? Val: Uma faxina geral na casa e renovação total no quadro administrativo da PMJ no intuito de abolir os vícios políticos que tanto prejudicam a instituição e o município.