Tire os peixes do seu aquário, tire a mágoa do armário. A paz e o bem cabem bem ao meu lado. Abra as portas do teu quarto. Ande a pé e esqueça o carro, gaste só a sola do sapato. Livre do engarrafamento, IPVA, “gasosa”, aumento e diga se não era um tormento. Energia solar, livro, amigos, sons e mar. Cuca feita, brisa fresca, relaxar. Nada me tira a paz. Tantos excessos, gestuais, tanto faz. Nada me aperta o cinto. Se o que sonho é o que sinto eu vou lá. Tome um gole, engula e beba, refresque a goela, se abasteça. O sol não foi só feito pra esquentar. Guarde um pensamento pra lembrar em outro momento. Telepatia, saudade móvel, celular. Pra que marreta e carimbo? Pedra rola, não cria limo. Hora do “rush”? Oxe, vai demorar. Se ficou só o que é bonito, tome a forma de Narciso e mostre a fonte, empurre até afogar. Nada me tira a paz. Tantos excessos gestuais, nunca mais. Neubera Kundera Psicólogo e Poeta