O jequieense Pedro Carregosa faz sua bela retrospectiva de vida. Clique e saiba mais.

22/12/2021

Assim que cheguei em Aracaju em 21 de dezembro de 1992 aos 12 anos. Nasci em Jequié,
na Bahia. Na época,  minha irmã Andrea estava a caminho do Ensino Médio e logo logo Universidade. O caminho mais comum seria envia-la para estudar em Salvador, mas, minha mãe que tinha raízes aqui, optou por toda a família se mudar para cá! E assim foi feito: viemos todos, meus pais, minha irmã e meu avô materno. Uma mudança profunda em nossas vidas e que nos marcou muito na época. Eu me senti, por muito tempo, um estrangeiro, um forasteiro. Apegado a Jequié e as pessoas com quem eu tinha convivido, demorei a me adaptar! Mas o tempo é sábio. Não existe melhor remédio além da passagem do tempo. Fui ficando, me apegando, construindo amizades, fortalecendo laços e criando histórias. Sergipe e Aracaju se cumpriram no propósito que viemos buscar, acolhimento e oportunidades. Aqui estudei, me tornei quem sou, trabalhei. O meu trabalho de jornalista me mostrou a grandeza e a beleza desse Estado, foi escrevendo sobre o dia a dia que eu conheci e me apaixonei por Sergipe. Foi produzindo reportagens de Tv que vi de perto cada cor, ouvi cada som e tive empatia com a história dessa gente que me identifiquei a cada dia . Casei, tive filho. Em minha inquietação característica, futuquei o passado genealógico de minha família. Minha avó era sergipana imigrante, meu avô quase sergipano porque Paripiranga é sim quase Sergipe. Hoje digo, sou sergipano não apenas de coração como é lugar comum dizer por aqueles que migram de um canto para outro, sou sergipano raiz, por afinidade, ancestralidade e DNA. Saúdo essa minha nação e me acolho entre os teus, sou parte daqui como tantos, sou grato por tudo e mais feliz por ha 29 anos viver aqui.