Homens jequieenses (e radicados na cidade) prestam a sua homenagem ao Dia da Mulher.

08/03/2012

1 - João Valci (Professor de Literatura): Não tenho dúvidas de que a mulher é o mais sublime ser da história da criação. Enigmática, sempre majestosa. Feição primeira e mais bem acabada da perfeição! Metáforas de mil serpentes... Desdobrável por natureza e, por natureza dona única de incomparável beleza – real reality ou realeza! Afinal, apenas ela é: simplesmente mulher. 2 - Júlio Lucas (Poeta e membro da Academia de Letras de Jequié): Para mim mulher é tudo. Dos nove meses aos noventa anos ela se faz presente na vida do homem. Na infância já brinca a matriarca, na companheira revela-se a guerreira, e na avó, eis que surge a mais menina. Seja a menina, a irmã, a mãe, a amiga, a amante, a colega, a líder, a companheira... Todas elas costumam se entrelaçar formando a mulher mulher que faz de nós homens frágeis dependentes da sua teia. Da fêmea do sexy-appeal à “mulher macho, sim senhor”, em todas elas há o doce mistério para todo homem passar a vida a decifrar. E como o poeta sem musa é esboço do que já foi noutra estação, me resta dizer que sem ela na minha vida, que pega a noite e faz malabares das estrelas, oceano é deserto, festa é cemitério. E, desculpem o inevitável clichê, se mulher é flor, cores e perfumes que em todo homem incide, no meu jardim, a minha predileta será sempre a sempre-viva. 3 - Lula Martins (Músico, artista plástico, ator, cinegrafista e escritor): A importância da mulher na vida do homem? Digo que definitivamente é total. Mesmo para aqueles que seguem outras regras da natureza por opção ou condição hormonal, estes, existem por conta da tradicional relação amorosa homem, mulher. A história nos tem mostrado uma distorção no conceito masculino sobre a mulher. Se analisarmos do ponto de vista sociológico a condição da mulher no seu percurso histórico, constatamos que a cultura humana, até mesmo a ética, a moralidade, as contextualizações políticas e religiosas fundamentam-se em pressupostos machistas, que só têm privilegiado o universo masculino dos deuses solares. - O pai, o senhor, o espírito santo, os profetas, os machos bíblicos, os deuses heróis do Olimpo. - E assim, vai. Muita misoginia, muitos equívocos na parcialidade histórica do pensamento, das verdades categóricas e consagradas em favor da supremacia masculina. Contudo, a força da mulher na lida diária tem sido fundamental, e, muito mais significativa que a pretensa coragem masculina com suas guerras e disputas pelo poder. Vendo por esse aspecto, o mundo se mostra invertido, de cabeça pra baixo, tudo errado. Filósofos, machista que negam as sutilezas da alma feminina. A nova mulher surgida das lutas e conquistas da contracultura põe pra escanteio essa cabeças trancadas e suas frases idiotas. A aura romântica que as envolve, a paixão que dá sentido as suas vidas, o amor maternal e puro. Cientistas e sacerdotes cabeças de pau, o tempo acabou. A mulher moderna mostra-se capaz em todos os setores das atividades, acrescentando uma dinâmica nova, enriquecendo com a sua intuição e sensibilidade o sentido de liberdade e humanismo. Sim. Mais que importantes, são fundamentais. Precisamos delas cada vez mais. São importantes porque nos gera, nos embala, nos amamenta, nos consola, nos ama. Esqueçamos os tolos e suas ideias grosseiras e amemos esse mistério mulher. 4 - Alysson Andrade (Produtor e gestor Cultural): Embora resquícios da figura “machista” ainda persista em tempos de Presidenta da República, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, por tudo que elas representam em seu papel social, político, criativo, materno e familiar, desejamos que ocorram muitos avanços na valorização e proteção da mulher contra a violência, como o fortalecimento da Lei Maria da Penha dentre outras ações públicas que possam garantir qualidade de vida e faça com que, cada vez mais, caia o véu da invisibilidade da mulher brasileira. Felicitações à minha esposa, filha, mãe e a todas às mulheres jequieenses neste dia. 5 - Moga Neto (Escritor e membro da Academia de Letras de Jequié): Ela foi feita depois, por que não antes? Será que o criador não temeu que, com sua plenitude amorosa, com a meiguice que lhe é inerente, ela dominaria o mundo? A mulher, mãe, solteirona, intelectual ou simples exemplar feminino, carrega no seu íntimo uma fonte de ternura que explode quando o amor lhe toca. Quando ama, tudo que faz é com amor. Respira, transpira e até o seu olhar transmite este dom divino. Ela perdoa mais, esquece mais, seu coração bate mais acelerado, pois a mulher é amor. Está escrito que Deus é amor. Eu ousaria dizer que o amor que ainda existe no mundo é Deus, e a mulher carrega com mais força esta genética divina. Às vezes nos aniversários ou em outras ocasiões, costuma-se enviar flores, um “bouquet”. Nem todos os jardins do mundo seriam suficientes para render-lhe homenagem. Nem todas as rosas do mundo seriam bastante para Ele declarar o amor que lhe devotamos. A mulher mãe é incansável no seu carinho. Deus lhe deu este dom que foi seguido e imitado por todas as outras fêmeas - animais, pássaros. O que seria do mundo se esse maravilhoso ser não existisse? Os homens carregariam desertos em suas almas. Este perfil de mulher foi fácil de descrever, pois a vejo todos os dias: é o “retrato” da minha esposa. É também o retrato de todas as mulheres bem amadas. Daquelas mulheres que não precisam dizer nada, nem que ela nos ama. Seus olhos transmitem essa doçura. Espero que as amemos com todo carinho, pois nada seriamos sem esta criatura, que entra em nossas vidas com amor, vindo para ficar.