Francisco Almeida, o conhecido “Franco”, fala das ações da Pastoral Carcerária em Jequié.

16/06/2007

JN: Que tipo de ações são realizadas pela Pastoral Carcerária em nossa cidade? Franco: Nosso trabalho tem um fim principal de evangelização através da palavra de Deus porém, pela conversão (mudança de vida), procuramos oferecer opções de cursos profissionalizantes. JN: Existe sinais visíveis que mostram o desenvolvimento social por parte dos presos depois das ações da Pastoral em nossa Jequié? Franco: Sim, em um número ainda bastante reduzido mas de grande valor, pois vários participam de palestras em colégios, cursos de evangelização, seminários com testemunhos em universidades e outros estão participando de cursos em escolas regulares e realizando trabalhos na comunidade. JN: Estando em contato com diversos tipos de histórias da vida marginal, como o senhor analisa a causa da criminalidade que está crescendo assustadoramente, principalmente em Jequié? Franco: A causa do crescimento da violência tem vários fatores principalmente de valores morais na sociedade, pois não podemos esquecer que estas pessoas são frutos de uma sociedade desequilibrada, egoísta, consumista, onde está predominando o ter e esquecendo o ser, já que a vida é o mais importante. Lembramos que de cada 10 assassinatos, oito acontecem entre pessoas conhecidas, mostrando um “conhecimento abstrato” entre as pessoas. JN: Lembrando novamente do que é visto dentro da carceragem, qual a mensagem que pode ser mandada para as pessoas que ainda tem dúvidas sobre a conduta certa para utilizar em suas vidas? Franco: Muitas vezes é presa apenas uma pessoa da família e ela inteira sofre com as conseqüências da prisão, por isso precisamos cultivar os valores familiares, principalmente a palavra de Deus, e buscar estar preparado para as adversidades que deverão aparecer, porém se acontecer, existe uma grande chance, pois onde está o ser humano está Deus; ele não ama o pecado mas ama o pecador. Deus abençoe todos vocês.