Encerramento do projeto Por do Sol no Museu foi marcado por apresentações musicais e protestos.

23/06/2011

O projeto Por do Sol no Museu, que aconteceu hoje (22), no final da tarde, em sua última edição, apresentou shows musicais de Musaé e banda “Malungo Rocktown”, ambos de Jequié. Chamou a atenção o fato do acesso ao acervo do Museu Histórico permanecer fechado à visitação pública todo o tempo durante a realização do projeto, uma oportunidade ímpar para dinamizar o espaço cultural. Em meio à circulação de um abaixo-assinado à Prefeitura de Jequié – Secretaria da Cultura e Turismo pela permanência do projeto no Museu Histórico, o músico Paulinho Jequié, que fez participação especial, protestou com relação ao que chamou de ação de um “menino infeliz” com relação à exclusão de músicos jequieenses do São João 2011 de Jequié. “Nunca foi roqueiro, nunca fui doido, mas às vezes, ficamos esquizofrênicos com as coisas que parecem acontecer apenas em Jequié, cidade onde nascemos. Eu fiquei triste quando soube que um menino infeliz, vou chamá-lo de “menino infeliz” para não dizer outra coisa, tirou todos os artistas que fazem a nossa arte, e que tem no São João uma oportunidade de comprar o seu feijão de cada dia pra não virar mais um infeliz alcoólatra pelas ruas da cidade, tocando nos prostíbulos da vida. Estou indignado. Peço só respeito. Nós levamos a arte dessa terra pelo Brasil a fora, não somos moleques. Dizer que determinada arte não é arte, eu só ouvi do meu pai, mas ele nunca me podou de fazer a minha arte. Como é que eles que não são nada meu vão me podar? Precisamos cada vez mais nos unir, para que isso nunca mais se repita em Jequié. Não venham com conto de fadas porque nós não nascemos ontem. O Conselho de Cultura sequer foi chamado para uma reunião, que aconteceram todas às escuras. Tem gente tocando no São João que a gente pouco ouviu falar da atuação como forrozeiro e está levando R$ 17.000,00. Com esse cachê a gente colocava muitas bandas jequieenses pra tocar. Então respeitem a nossa arte, porque a nossa arte vale tanto quanto o pensamento que eles (os gestores,) não têm”, desabafou o músico que em seguida foi muito aplaudido pelo público presente. Alysson Andrade Enfoque Cultural