Empatia. Por Patrícia Souza Gomes

12/11/2007

No mundo atual as pessoas vivem bastante voltadas para seus próprios interesses devido ao corre-corre e agitações do dia a dia, cada um com suas atribuições e seus problemas, as pessoas e consequentemente suas relações seriam bem melhores se nós humanos dotados de inteligência utilizássemos sempre que possível da empatia, uma maravilhosa habilidade. Para quem já a utiliza, ótimo, mas quem nunca utilizou fica o recado, pois nunca é tarde para começar. E o que vem a ser essa tal de empatia? Palavra que originá-se do grego empátheia, que significa “entrar no sentimento”, para alcançarmos este estágio é necessário deixar de lado nossos próprios pontos de vista e valores para poder entrar no mundo do outro sem julgamentos. E como é difícil fazer isso!!! A todo instante estamos nos relacionando com pessoas, devemos ouvi-las sempre e o mais importante fazer com que o outro perceba que está sendo compreendido, seja com um gesto, uma palavra ou um simples olhar. Empatia não tem nada a ver com necessidade compulsiva de resolver desejos alheios e também é muito diferente de simpatia que é algo que sentimos pelo o que o outro está vivenciando, sem, entretanto, sentir o que a outra pessoa está sentindo. É preciso ter uma percepção do mundo do outro como se fosse o seu próprio, o que leva a pessoa a desenvolver sua auto-estima, sentindo que é importante e que seus sentimentos são considerados. Para desenvolver a empatia é necessário reconhecer as emoções ou necessidades dos outros, ouvindo-as e respeitando-as. Tratar-se com empatia, ser compreensivo consigo mesmo como gostaria que fossem com você é característica básica para o autoconhecimento. Se suas próprias necessidades não foram supridas como poderá entender as necessidades do outro? Fica claro que empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro através não só das palavras, mas dos gestos, atitudes, tom de voz e expressões faciais. A essência de escutar com empatia não é concordar, mas entender profundamente o que o outro quer dizer e principalmente o que está sentindo. As pessoas que tem empatia aprenderam desde cedo que os sentimentos devem ser respeitados, começando pelos próprios. E se não receberam isso na infância, sempre é tempo de aprender. Um bom exercício para isso é aprender a escutar a si mesmo, respeitando acima de tudo, os próprios sentimentos. Afinal só conseguimos dar ao outro aquilo que temos por nós mesmos! E mais, ser empático não é ser simpático. A simpatia pressupõe compreensão, cria um envolvimento emocional, que pode prejudicar o julgamento. Já a empatia estabelece uma comunicação eficiente. Quando não se cria empatia em uma relação não há verdadeiramente diálogos e sim discussões intermináveis, por isso sejamos simpáticos, mas principalmente empáticos. Patrícia Souza Gomes Especialista em Gestão de Pessoas