Cantor, compositor e poeta, Paulinho Jequié, conversa conosco.

24/12/2012

JN: Você leva no nome a sua cidade natal. O que Jequié representa para você? Paulinho Jequié: A minha verdadeira história. A minha música vem de cada canto da minha terra, das lavadeiras da beira do rio, dos cegos pedintes das feiras livres, do Sol que tanto abrasa o meu “eu” pessoal. Jequié representa tudo isso nos meus dias de viver! JN: São muitos anos de carreira, percorrendo por diversos estados do Brasil. Fale um pouco para nós dos lugares que você já mostrou a sua música, do que você leva dessas experiências no mundo artístico. Paulinho Jequié: Bem, a estrada é longa sim, passei por quase todo o País mostrando o que Jequié tem no seu canto tão próprio. Gravei vários programas televisivos e gravei alguns cd’s próprios e com alguns amigos, ao todo 68 cd’s tem participação minha. As experiências são diversificadas, cada uma tem uma característica: adoro Minas Gerais, me identifico com a simplicidade do seu povo e sua cultura; o Espírito Santo também tenho muito carinho, a terra dos grandes festivais e assim cada cantinho desse nosso Brasil aprendemos a gostar do seu jeito. JN: Além de músico, você também compõe poesias. Já escreveu algum livro ou pensa em escrever? Quantos CDs você já gravou? Paulinho Jequié: Sim, escrevo poesia também, já participei de alguns livros de amigos, estou com a proposta de lançamento de um livro de poesias para o ano que vem, espero que corra tudo certo. Quanto aos cd’s já tinha dito antes, foram 68, sendo 7 meus e 61 de amigos, com parcerias nossas. Os meus são: Cantos e Contos (1987) Artesanal (1995), Reviravolta - Tecendo O Amanhecer (1999), Tô Na Estrada (2001), Esses Moços (2003), Recomeço (2006), Coletânea Paulinho Jequié (2010) e o novo que já está em fase de finalização O Menino e O Tempo (2013). JN: Na sua participação no programa Sr. Brasil, quando você explicava a Rolando Boldrin sobre a música Reviravolta, você falou que as crianças de hoje em dia não se interessam por coisas simples, como acontecia antigamente. O que você atribui a essa mudança do comportamento infantil? Paulinho Jequié: A falta de compromisso da sociedade como um todo na formação desses meninos. A família como base para sustentação, do respeito com o próximo, e a televisão, que de uma forma ou de outra coloca na cabeça desses jovens o desrespeito com a vida. JN: Se tivesse o poder de mudar algo em nossa cidade, o que você faria de diferente? Paulinho Jequié: Acho que só farias com que a união fosse soberana nas decisões, a arte precisa ser levada a sério na nossa terra, o descompromisso das autoridades com nossos talentos tem me deixado muito triste, no mais como dizia o poeta “o novo sempre vem.”. Contatos para shows: E-mail: paulinhojequié@gmail.com Telefones: (71) 9999-2613 - (71) 9101-3118