Produtor musical jequieense, Arthur Pires, conversa conosco.

07/03/2015

JN: Jequié vem recebendo com entusiasmo um projeto musical que acontece no Alto da Prefeitura. Conte para nós a respeito destes shows. Arthur: O Alto da Prefeitura é um cartão postal da nossa cidade e precisamos tirar mais proveito disto, levar um público que quer ficar ali, mas tem receio pelos tempos moderno da violência, e a boa musica é a melhor alternativa para que desse certo. JN: Falando especificamente sobre cultura, qual a principal carência em Jequié hoje em dia nesse sentido? Arthur: Todas. Se quem comanda não alinhar e não tiver sensibilidade com a cultura em todos os seus seguimentos não há secretário que dê jeito. JN: Você é reconhecido como um produtor de muito bom gosto, e também sempre trouxe grandes atrações musicais de renome nacional. Em sua opinião, porque a cada dia que passa os anseios de grande parte do público são por bandas que possuem letras e coreografia com conteúdo bastante discutível? Arthur: A crise musical está no mundo e aqui está pior, os meios de comunicação vem contribuindo muito para que isto aconteça e o consumo rápido chegou à arte em geral. JN: Qual a banda ou cantor que você sonha – dentro, claro, das possibilidades da cidade – em trazer para Jequié? Arthur: Lulu Santos, Kid Abelha e Frejat. Acho que um destes este ano - tomara que dê certo - a cidade merece. JN: E qual é a previsão? Arthur: Jequié é a cidade mais Pop Rock do interior da Bahia, e não tenham duvida disto. Quanto aos nomes acima citados, ou outros, são oportunidades de roteiros e isso é que dificulta a vinda destes artistas. Os novos produtores de eventos só pensam no arrocha e pagodão, uma pena não se importarem com a MPB mais importante do mundo, a nossa! Os programadores de rádio precisam mostrar a esta nova geração que somos o único país do mundo que enfrentou um regime governamental - uma ditadura - com a música. Era a nossa arma!