A miserável situação político - administrativa de Jequié. Por Jorge Barros.

25/05/2015

Você é testemunha dos fatos. Todos nós somos. Não é só um que afirma que a situação miserável em que se encontra a cidade de Jequié, hoje, é em decorrência da falta de comprometimento da maioria de seus políticos. Basta conversar com as pessoas nas ruas e estar em sintonia com as emissoras de rádio. Maioria aqui não quer dizer necessariamente 99,99% (maioria esmagadora). 51% já é maioria e, logicamente, neste embate, 49% é minoria. Outro fato de muitíssima importância: Quando se diz seus políticos, não se afirma categoricamente que só são aqueles que exercem mandatos. Não nos esqueçamos de que têm políticos de militância partidária, políticos de militância sindical, políticos de profissão etc. Vamos supor que a partir de agora todas essas forças se unam em torno de um projeto de uma Jequié próspera. Nessa união, diferenças partidárias serão deixadas de lado; a maioria dos nossos políticos olhará menos para os seus interesses pessoais e mesquinhos; as rixas e o ódio entre todos os envolvidos darão lugar a só um propósito construtivo etc. Aí certamente o conjunto vencerá. Sabe-se que, em discussões em defesa da construção do ultramoderno Aeroporto de Vitória da Conquista, até o ex-deputado federal ACM NETO sentou-se à mesa com membros de outras siglas partidárias (PT, PC do B, PMDB, PSDB, PP, DEM etc) para esse fim. Parabéns a todos os políticos de Vitória da Conquista envolvidos nessa nobre causa. Mas, se isso vier acontecer em Jequié, nas discussões em torno da revitalização do seu aeroporto, certamente o tempo fechará, o mundo cairá sobre as cabeças dos coordenadores do evento. Os radicais neofascistas não perdoarão, serão implacáveis. A criação da UENERC é outra citação relevante neste contexto. E com isso a cidade perde, vai ficando cada vez mais pobre; cada vez mais indigente; cada vez mais miserável. Em um passado distante ela já ostentou o título de A PRINCESINHA DO SUDOESTE BAIANO. Não era pra menos. Já alcançou o posto de a terceira maior cidade do estado da Bahia, ficando atrás somente de Salvador e Feira de Santana. O seu comércio servia de entreposto, porque dele saiam muitas mercadorias para outros estados da federação. Jequié já teve um Vice-Consulado da Itália; a agência de número 60 do Banco do Brasil foi instalada aqui; o Balneário da Fazenda Provisão era um espaço para lazer e convivência social que causava inveja a muitos clubes sociais que existiam no Brasil; o seu aeroporto já foi sinônimo de progresso e de desenvolvimento econômico; Várias agências bancárias já operaram aqui: Banco Real, Banco Econômico, Banco da Bahia, Banco Nacional, Banco Bamerindus etc; O prédio do Banco do Brasil era um todo, hoje é só uma parte; várias empresas e indústrias também aqui se instalaram, mas hoje são lembranças de um tempo que se foi. Recentemente perdemos a DIRES, a DIREC -13, o DERBA. O que perderemos amanhã? Para você refletir. Professor Jorge Barros Presidente da Comissão de Mobilização Em Defesa da Criação da UNERC