A jequieense Eva Mota (centro), radicada há 1 ano em São Paulo se destaca em matéria do Jornal Estadão.

06/03/2020

“Eu dizia para elas: não quero fazer nada, quero que vocês façam”, conta a marceneira, design e jornalista Eva Mota. Ela se refere às amigas e à produção de móveis, algo que sempre quis fazer e que foi aprendendo por insistência, perguntando, estudando e driblando o descrédito. Depois do jornalismo, Eva se formou em design e passou a desenhar os móveis de seus clientes, guardando o desejo de também participar da confecção.

O ponto de mudança veio quando, ao pedir dicas a um marceneiro, foi assediada. Decidiu, então, reunir as amigas no fundo de uma escola de teatro em Vitória da Conquista (BA), onde vivia, para ensinar tudo o que sabia sobre marcenaria. Foi o primeiro curso de um projeto que já está no terceiro ano e formou 500 mulheres, tanto na Bahia – onde deixou a família –, quanto em São Paulo, sua casa desde 2019, dá o curso Introdução à Marcenaria para Mulheres. Em um dia, aprende-se teoria e, tendo à disposição todos os materiais (que Eva banca sozinha), as alunas colocam a mão na massa, superando o medo de serrar e parafusar e construindo um móvel com a cara delas.

Na Oficinalab (Barra Funda) ou na Oficina Colaborativa (Santana). Inscrições: linktr.ee/evamotas; R$ 440.

 

Fonte: Estadão